O drama da deficiência profunda e da excusão ...

julho 02, 2009

"O concelho alentejano Borba foi escolhido pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP) para construir um terceiro centro para deficientes profundos. Borba é o terceiro município do país, depois de Fátima e Viseu, que poderá vir a ter um centro do género. O projecto aguarda ainda resposta do Programa Operacional Potencial Humano para apoio financeiro.

O presidente da UMP, Manuel Lemos, explicou que o investimento pretende dar "resposta a uma lista de espera que, neste momento, é de 600 pessoas, sobretudo crianças". O responsável afirmou que são "muitas as solicitações" às quais as Misericórdias "não podem responder", sublinhando, por outro lado, "não serem muitas as pessoas que, em Portugal, querem fazer este trabalho ao nível da deficiência profunda".

Sublinhando que a UMP "quer ter capacidade a nível nacional e qualidade na resposta", Manuel Lemos pretende que a futura unidade seja melhor quanto ao espaço, quando comparada com as instalações em Fátima e o de Viseu. "Partindo de que os dois centros são já de excelência, em Borba vamos tentar melhorar, sobretudo em termos da gestão de espaço", assegurou o responsável.

O projecto, que prevê gerar uma centena de postos de trabalho, foi candidatado ao Programa Operacional Potencial Humano. Se a candidatura for aprovada, está previsto um financiamento de 70 por cento da verba necessária à construção. Reunida esta verba, as Misericórdias estão em condições para avançar com a obra. Caso contrário, a obra, para a qual foi doado um terreno, não pode prosseguir, admitiu Manuel Lemos, apesar de se acreditar numa resposta positiva.

O centro em Borba será o terceiro das Misericórdias para deficientes profundos e terá uma capacidade para 70 a 75 utentes.

O primeiro surgiu em 1989 em Fátima. O Centro de Deficientes Profundos João Paulo II recebe 192 utentes na valência residencial, com idades compreendidas os dois e os 45 anos à data do internamento. Já a valência educativa integra 34 crianças e jovens, com necessidades educativas especiais de carácter permanente.

Em Viseu, está instalado, desde 2001, o Centro de Deficientes Santo Estêvão, com 60 utentes na valência residencial, a que somam mais 30 no centro de actividades ocupacionais, este a funcionar desde o ano passado.

Manuel Lemos anunciou ainda que, em Fátima, junto ao actual centro para deficientes, a UMP quer construir uma unidade para integrar a Rede Nacional de Cuidados Continuados.

A candidatura vai ser apresentada a curto prazo, sendo que o objectivo da União das Misericórdias Portuguesas é direccionar o espaço para utentes com Alzheimer." (Lusa apud Público online)

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